A Quinta da Casa Velha é um extenso espaço verde, onde se pode sentir o ritmo da natureza, partilhar momentos em família, em grupo, ou simplesmente saborear a tranquilidade e quietude. Todo o espaço envolvente permite a contemplação e encontro profundo com a natureza.
A Casa Velha é um lugar integrado num território de pequenas propriedades rurais, voz de uma terra em crise, numa região profundamente afetada pelo abandono rural, tal como em tantas outras regiões do mundo. A Casa Velha reconhece-se como promotora de diálogo entre diferentes realidades individuais, coletivas, territoriais, geracionais, aprofundando o fundamento/as bases para um desenvolvimento rural e territorial integrado, sistematizando caminhos/percursos de educação para o desenvolvimento e cidadania global, através da ecologia integral. Quer contribuir cada vez mais e melhor para o Desenvolvimento Humano em espaço rural, através do acolhimento, da experiência de vida simples, do contacto com a natureza, do trabalho comunitário e da oração.
A Casa Velha tem-se vindo a converter num espaço de hospitalidade, de encontro, e de desenvolvimento humano e local, numa missão partilhada por uma comunidade alargada. Esta comunidade, na partilha de práticas, contribui para um processo de aprendizagem e transformação através da ação individual e colaborativa orientada para a justiça social e o bem comum. Inter-relaciona, assim, os problemas de uma terra concreta com as causas das desigualdades onde quer que elas existam. A Casa Velha liga-se a outras pequenas comunidades que, a nível global, desejam promover o cuidado da casa comum e o desenvolvimento sustentável.
A Casa velha está consciente de que a verdadeira Ecologia é um conjunto complexo de fatores económicos, sociais e ambientais, e que, para ser vivida de forma integrada e integral, precisa de uma transformação do olhar profundamente inspirada na Encíclica Laudato Si :
‘Se nos aproximarmos da natureza e do meio ambiente sem esta abertura para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a língua da fraternidade e da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas atitudes serão as do dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos naturais, incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos. Pelo contrário, se nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe, então brotarão de modo espontâneo a sobriedade e a solicitude.’ (Papa Francisco, Laudato Si, §11).